Passadas três semanas de greve dos professores das redes municipal e estadual e ainda não há data prevista para Prefeitura e/ou Governo do Estado lançarem propostas (A educação do Estado do Ceará como um todo está um caos e a grande pauta dos políticos e da imprensa é a COPA DE 2014 e o desastre do VÔO 477) enquanto isso sindicatos cobram reajuste de 19,2% e implantação do piso salarial nacional.
Roberta Félix em Especial para O POVO (Será que vão publicar? Eis uma grande questão!)
“Greve geral, Interior e Capital!”. Foi com essas palavras de ordem que os professores da rede pública do Estado e do Município comemoraram a decisão de manter a paralisação, iniciada há três semanas. A assembleia geral de ontem teve cerca de 2,5 mil assinaturas e quase todos os presentes foram a favor de manter a greve. Segundo as diretorias dos sindicatos dos professores estaduais e municipais, ainda não há proposta oficial da Prefeitura ou do Governo.
As reivindicações principais são o reajuste salarial de 19,2%; a implantação do piso salarial nacional; a reformulação do Plano de Carreira e o concurso para efetivos. Os diretores acrescentam que também estão sendo reivindicadas melhores condições estruturais para as escolas.
Antes do início da assembleia, a presidente do Sindicato dos Servidores das Secretarias de Educação e de Cultura (Apeoc), Penha Alencar, previa que a votação seria favorável à continuidade da greve, já que ainda não houve proposta oficial do Governo. Os professores querem que o piso nacional e o reajuste sejam implantados dentro do Plano de Cargos e Carreiras atual.
Segundo nota da assessoria da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), o Governo propôs uma reunião de trabalho sobre a revisão desse plano. Sobre a progressão horizontal, que institui acréscimo de 5% no salário, a Seduc afirma que será efetivada em julho. Em resposta ao pedido de concurso, a secretaria declarou que a etapa atual é de formalização por portaria. O edital tem previsão de lançamento em 30 de junho e dispõe de 4 mil vagas. O número de professores temporários, atualmente, é de 10.046, segundo a Apeoc.
A presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sindiute), Gardênia Baima, avalia o andamento das negociações, especialmente sobre o reajuste, com insatisfação. “A Prefeitura e o Governo não podem ‘se fechar na Copa’ (do Mundo de 2014) e deixar de negociar o que atinge todo o Estado”. Gardênia afirma que o comprometimento do semestre não é de responsabilidade dos professores grevistas, e sim dos governos.
O ouvidor-geral do Município, Marcelo Fragozo, adiantou que a situação está sendo negociada pela comissão de Educação da Câmara e o líder do Governo e por representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Fragozo entende que o reajuste de 19,2% não é viável: “Não condiz com a realidade de crise financeira”.
Fonte: Sítio do Sindiute.
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