sexta-feira, 5 de junho de 2009

Cid decide: Continua a greve dos professores do estado na capital e interior

EDUCADOR SEMPRE LUTANDO


A greve dos professores na rede estadual de ensino vai continuar por tempo indeterminado ou até quando o governador Cid Gomes sinalizar com proposta objetiva de atendimento às antigas reivindicações da categoria, afirma a presidenta do Sindicato – APEOC, professora Penha Alencar.

O que reivindicam os professores? Implantação da progressão horizontal com mudança de nível, assim como determinado em lei; adequação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários do Magistério à Lei do Piso, assim como determinado em lei; implantação do piso nacional de salário, assim como determinado em lei; reajuste salarial do piso, assim como determinado em lei; realização de concurso público, assim como determinado em lei; alimentação escolar no Ensino Médio, assim como determinado em lei; e outros itens também previstos em leis. Portanto, nada que seja fora da lei.

Na última audiência intermediada pelo Ministério Público, os representantes do governo ratificaram atendimento á pauta dos professores, inclusive a instituição de uma comissão paritária de negociação, com implantação da progressão horizontal no mês de julho. Porém condicionou o governo a suspensão da greve.

O Sindicato – APEOC, subscritor da ata de entendimento também condicionou o acordo firmado a uma decisão posterior da categoria em assembléia geral: o que foi realizada nesta quinta-feira, 04 de junho, e por unanimidade dos professores presentes, aproximadamente três mil, a proposta acordada através do Ministério Público foi rejeitada e a paralisação das atividades nas escolas públicas do Estado vai continuar por tempo indeterminado até que o governo abandone promessas e ponha em prática o que sinaliza em palavras.

Para o Sindicato – APEOC, interpretando o pensamento dos seus representados, o governo deixa os professores sem outra opção: greve ou nada. A greve não é o que deseja o professor, pois sabe muito bem dos prejuízos que são causados ao aluno e à família que depende da escola pública, mesmo com a existência de compromisso para restabelecer (lecionar) as aulas suspensas pela greve. Por outro lado, o injusto salário e a não aplicação das leis que asseguram direito de conquista da categoria, merecem ou não profundas reflexões da sociedade? É justo deixar o professor com o menor salário entre todos os demais servidores em igual nível de escolaridade universitária? Conclusão da presidente de Sindicato – APEOC.
Precauções jurídicas para a greve

O Sindicato – APEOC reuniu nesta quinta-feira, 04 de junho, mais de três mil professores do Estado nas dependências do Ginásio Marista. Para a realização desta assembleia tomou, por medida de precaução, iniciativa de atender, cuidadosamente, as exigências da lei de greve, a partir da publicação do Edital de Convocação ao direito de voto, com identificação, pois somente ao professor estadual foi permitido aclamação.

As medidas de precauções ocorreram em face de informações não oficiais de que o governo iria solicitar ao Poder Judiciário a ilegalidade da greve dos professores, hoje, com paralisação em aproximadamente 75% nas escolas da rede estadual de ensino – Educação Básica – com aproximadamente 25 mil professores em sala de aula e mais de oito mil com contratos temporários.

A categoria está mobilizada e com ânimo de lutar em defesa dos sem direitos, consagrados em leis. Nada mais dependendo de legislação, mas apenas de decisão política ou de sensibilidade de governo em colocar, na prática, o que é direito dos educadores e prioridade da educação com qualidade.


VEJA VÍDEOS DA LUTA DOS PROFESSORES PARA FAZER VALER PISO NACIONAL.

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