Mais um e-mail recebido que faço questão de socializar com os amigos que fazem a gentileza de visitar nosso blog.
"Os números não mentem jamais, mas há quem se aproprie dos números para fabricar mentiras. Se considerarmos os mais de 5.000 mil municípios brasileiros a pesquisa contempla um número absoluto de municípios. Vamos entender. Em um município com menos de 100.000 habitantes é comum o professor permanecer apenas em uma escola devido a pequena demanda de alunos e o pequeno número de escolas ofertadas, entretanto o mesmo professor leciona diversas disciplinas tornando-se polivalente. Como aponta o próprio censo: "Dependendo do nível de ensino, o número de professores sem formação adequada varia de 10% a quase 30%. A maioria tem algum tipo de formação, mas ela não é própria para o que está ensinando". Isso predomina no censo porque a grande maioria absoluta de municípios brasileiros se enquadram nesse perfil, cidades com menos de 100.000 habitantes. Mas se passarmos para cidades com mais de 200.000 e para as grandes regiões metropolitanas do Brasil, onde está concentrada a maior quantidade de alunos, onde realmente existe uma grande demanda de alunos e uma maior oferta de escolas, o censo não contempla a realidade. Em Fortaleza com quase2.500.000. habitantes é comum colegas trabalharem em mais de um estabelecimento de ensino seja público ou particular. Perguntem aos seus colegas que ensinam Geografia, História, Sociologia, Filosofia, Ed. Física e Inglês em quantas escolas eles lecionam. Perguntem aos colegas se eles ensinam apenas em escolas públicas ou só privadas. Tenho um exemplo de uma casal amigo q só se vê as 23h todo dias da semana ambos ensinam nos setores privado e público: ele 7 de setembro, Espaço Aberto, Provecto e prefeitura, e ela 7 de Setembro, Juvenal de Carvalho, UVA e Estado. Como corrigir tanta provas, como planejas aulas como está em tantos lugares durante todo dia é o que eu sempre lhes pergunto: quando essa correria vai acabar? Essa correria só vai acabar com a implementação digna do Piso salarial de nossa categoria.
Maioria dos professores dá aula em 1 escola, diz censo
Qui, 28 Mai, 07h58
Professores que ganham mal, correm de uma escola para outra e atendem várias turmas o dia todo fazem parte de uma imagem recorrente das agruras do ensino básico brasileiro. No entanto, o primeiro censo completo do professor, que será apresentado hoje pelo Ministério da Educação, revela uma situação diferente. De acordo com o estudo, 80,9% dos docentes brasileiros trabalham em apenas uma escola, mais de 60% lecionam em um turno e quase 40% são responsáveis por somente uma turma.
No total são pouco mais de 1,882 milhão de professores no ensino básico (que vai da creche ao médio), dos quais 309 mil são de escolas particulares. O levantamento é o primeiro feito depois que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) implantou o EducaCenso - sistema que torna possível ao MEC ter os dados de cada docente, onde ele trabalha. "Existia aquela ideia de que havia um contingente enorme de professores com um, dois, três vínculos empregatícios, o que não é verdade", diz o ministro da Educação, Fernando Haddad. Apenas 3,2% dos docentes trabalham em três escolas ou mais.
Dependendo do nível de ensino, o número de professores sem formação adequada varia de 10% a quase 30%. A maioria tem algum tipo de formação, mas ela não é própria para o que está ensinando. Pelos dados do censo, quase 70% dos professores da educação básica têm curso superior, 90% deles com licenciatura. Nos anos finais do ensino fundamental, quase 80% têm curso superior, 73,4% com licenciatura. No ensino médio, esse índice sobe para 93,4% de graduados, 87% com licenciatura. São justamente esses níveis de ensino que apresentam a pior qualidade nas avaliações nacionais, como a Prova Brasil.
A explicação, diz o ministro da Educação, é um misto de formação ruim e o mau trabalho feito até a 4ª série. "Esse professor enfrenta um desafio que ele não deveria estar enfrentando, que é a qualidade da formação dos anos iniciais. Ele já entra em sala de aula em situação mais difícil. Esse aluno não está preparado com as competências para se apropriar dos conteúdos da etapa seguinte", diz Haddad. Para a presidente do sindicato dos professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, o censo não retrata totalmente as situação do ensino, isso porque não é possível fazer o recorte das grandes cidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo."
Você pode fazer o mesmo. Faça um comentário(é só clicar no linck abaixo) ou nos envie um e-mail.
Nenhum comentário:
Postar um comentário