Fonte: O povo on lineApós votação com pequena polêmica, a Assembleia Legislativa aprovou mensagem do Governo do Estado que institui o prêmio ``Aprender pra valer``. A proposta premia os professores e demais servidores da educação de escolas que consigam melhorar os resultados das avaliações de seus alunos - do ensino médio - de 7% a 10% com relação ao ano anterior, no Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica (Spaece). Além da meta de evolução, a escola deve ter uma média mínima de participação de 80% dos alunos no Spaece.
De acordo com o líder do Governo, Nelson Martins, as premiações em dinheiro serão proporcionais ao índice obtido. ``Quem melhorar 7% receberá 70% do seu salário (bruto), os que melhorarem 8% receberão 80% do salário e os que melhorarem 10% receberão mais um salário``.
O que causou polêmica não foi nem o mérito da questão, mas o fato de se votar uma matéria que recebeu emenda modificativa ontem mesmo e, em seguida, foi a plenário.
A emenda afrouxou os critérios para ganhar o prêmio. O projeto original só concedia o benefício às escolas que conseguissem obter melhorias de 10%. No entanto, a emenda modificativa incluiu índices de 7% a 10%. Após questionamento do deputado Heitor Férrer (PDT). O presidente da Assembleia, Domingos Filho (PMDB), então, disse que se houvesse uma deliberação em plenário, suspenderia a sessão e a mensagem, com a emenda, seria levada à apreciação da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). A comissão se reuniu e a matéria voltou para ser logo votada. (GD)
Mais uma vez a proposta de solução para a educação pública tem mais utilidade como objeto de propaganda do que na melhoria de sua qualidade.
Este tipo de gratificação leva a se pensar que o problema da educação esteja na escola (nos profissionais da educação ali lotados) numa simples produtividade quando na verdade o problema está na falta de condições que lhe é dada como um todo. A relação carga horária efetiva em sala de aula x tempo de planejamento é muito alta, o número de alunos por sala é inconcebível, carga horáia do professor no final de carreira igual à do início acarreta muitas licenças, salas especiais(laboratórios de ciências e informática e salas de leitura, etc.), quando tem não têm professores lotados co carga horária suficiente para cobrir o tempo de funcionamento da escola, falta de acessórios didáticos, muitos ruídos externos à sala de aula, suplementação alimentar dos alunos (ampliação e acompanhamento), segurança, falta de assistência médica e psicológica, falta de acesso dos alunos(e professores) a jornais, revista, internet; faltam carteiras para alunos e mesas e cadeiras para professores(em muitos casos os utensílios são inadequados à faixa etária), etc. Na verdade temos que parar de pensar que a escola pública é para pobre por isto tem que ser pobre(com arranjos, gambearras, quebra-galhos).
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